Skip to main content

Qué hacer si eres víctima de una negligencia médica

Índice:

Anonim

Es muy difícil conocer cuántas negligencias médicas se cometen en España, porque solo se registran si hay una denuncia. En 2015 el Defensor del Paciente de España registró 806 notificaciones de muertes atribuidas a una negligencia médica; y en 2014 recibió un total de 14.430 denuncias por negligencias médicas. Si tú crees que has sido víctima de una negligencia médica, te contamos qué puedes hacer, si es mejor poner una demanda civil, penal o si tiene que ser por la vía contencioso-administrativa, cómo demostrar una mala praxis médica, cuál es el plazo para reclamar, etc.

QUÉ SE CONSIDERA UNA NEGLIGENCIA MÉDICA

Estamos ante un error cuando el tratamiento no es el adecuado y provoca lesión al paciente, cuando se ha dejado de actuar o no se ha informado bien. Esa lesión puede ser física o psicológica y la responsabilidad puede recaer sobre cualquier profesional sanitario.

Los casos más habituales son los siguientes:

  • Mal diagnóstico.
  • No realizar un seguimiento adecuado tras la operación.
  • Insuficiente protección ante un tratamiento agresivo.
  • Altas médicas prematuras o tardías.
  • Olvido de material quirúrgico.

¿VÍCTIMA DE UN ERROR MÉDICO? ESTO ES LO PRIMERO QUE DEBES HACER

En primer lugar, debes hacer acopio de toda la información médica de que dispongas e incluso exigir dicha documentación en el centro médico.

Asimismo, será conveniente contar con el testimonio de otros pacientes o testigos que tengas de los hechos (compañeros de habitación, por ejemplo).

Tras ello, y con la sospecha de haber sido víctima de una negligencia médica, sería conveniente contactar con un abogado especializado en estos temas. Será él quien determinará si efectivamente hay una negligencia en la práctica médica y, si la hay, por qué vía debe hacerse la reclamación.

Existen tres vías para realizar una reclamación por negligencia médica: la penal, la civil y la contencioso-administrativa.

LA VÍA PENAL

Se puede iniciar por una denuncia sencilla exponiendo los hechos y dirigiéndola contra el facultativo responsable, o bien contra el centro sanitario. En esta denuncia deberemos aportar la información médica que tengamos, como es el parte inicial de antes de la lesión y el del estado actual del paciente.

Qué hace el juzgado

El juzgado abrirá el expediente y citará al lesionado para que sea visitado por el médico del juzgado (el médico forense), quien hará un informe en el que constará la lesión, los días necesarios para la recuperación y las secuelas que puedan quedar.

En caso de que el error haya llevado al fallecimiento del paciente, el familiar más cercano puede pedir una autopsia a través de un médico (las autopsias solo puede pedirlas un doctor autorizado por la familia). Los resultados de esa autopsia nos dirán la causa del fallecimiento y nos facilitarán o no el camino para interponer la reclamación contra el causante de ese error.

Si se confirma el error

Si el forense confirma nuestra denuncia y resulta que sí que existe lesión producida por error médico, nos convocarán a juicio contra el responsable. En ese juicio, aparte de la condena penal (el tiempo de cárcel o de prohibición para ejercer su actividad), se exigirá una indemnización por las lesiones (ya sean físicas o psicológicas). Esas lesiones deberán haber sido reflejadas por el médico forense y nuestro abogado nos dirá cuánto podemos exigir.

Por que escolher um processo penal

Geralmente, a rota criminosa é aquela que o seu advogado utilizará quando o resultado do erro for uma lesão grave ou morte, uma vez que esta rota é rápida e barata.

O que podemos conseguir com isso

Com ela buscaremos a pena de prisão ou inabilitação do profissional médico responsável, além de podermos exigir indenização.

Só contra o médico?

Você pode ir contra um centro público ou privado e o primeiro passo será fazer uma reclamação.

Qual é o prazo para reclamar

Se for crime, o tempo que temos para registrar é de 3 anos. Se fosse culpa (os danos são pequenos e não precisam de tratamento médico), o prazo seria de seis meses.

Vantagens do processo penal

Mesmo se você perder e absolver o acusado, é muito raro que o juiz o faça pagar as custas do julgamento (a queixa deve ser considerada muito imprudente).

Nem geralmente é necessário contratar e intervir médicos para se pronunciar a nosso favor. A verificação da documentação médica e a revisão do caso cabem ao médico legista do tribunal.

Desvantagens do processo penal

O forte corporativismo existente no setor médico, assim como a relutância geral dos juízes em condenar um médico criminalmente.

O CAMINHO CIVIL

Para os casos mais brandos, costuma-se escolher a via civil que, embora seja a mais cara, é também a mais eficaz.

Por que escolher a rota civil

Essa via, em princípio, é reservada para aqueles resultados médicos indesejados em que ou as lesões não são tão importantes para abrir um processo penal, ou a condenação do profissional de saúde responsável não é pedida.

O que podemos conseguir com isso

É um procedimento judicial em que somente se busca a indenização econômica do paciente por meio de ação judicial contra o profissional de saúde, o centro médico ou ainda diretamente contra a seguradora responsável pelo profissional de saúde.

Vantagens da via civil

Essa rota reúne o maior número de sentenças favoráveis ​​ao paciente e costuma ser a mais utilizada na rede privada de saúde.

Desvantagem da via civil

A desvantagem é que é um procedimento muito mais caro do que o criminal, pois implica em provisão de recursos, ou seja, adiantamento de dinheiro, ao advogado e ao procurador (necessário, obrigatoriamente), bem como pagamento ao perito médico particular que devemos contratar para que ele nos faça o relatório e depois possa depor durante o julgamento.

Essas despesas, é claro, não garantem que ganharemos o processo. Além disso, também podemos nos encontrar com a desagradável surpresa de que, depois de ter enlouquecido, somos obrigados a pagar as custas judiciais do outro, o que causaria um resultado desastroso em nossa economia.

Essas despesas legais podem ser aproximadamente um terço do que solicitamos no processo. Portanto, você deve ter cuidado ao abrir um processo por negligência médica, porque os resultados podem ser desastrosos.

A FORMA ADMINISTRATIVA CONTENCIOSA

Esta opção é a menos eficaz e a mais desesperada, porque pode demorar cerca de 4 ou 5 anos.

Por que escolher a rota contencioso-administrativa

Bem, porque se o erro foi cometido em um hospital público, um ambulatório ou um centro participado (mesmo que minimamente) por qualquer Administração, é o único caminho.

Que devemos fazer

Você começa solicitando o serviço de atendimento ao paciente do hospital. Se eles não responderem ou se a resposta não nos satisfizer, podemos entrar com uma ação administrativa. O hospital pode negar sua responsabilidade e a partir daí o processo é iniciado com a participação obrigatória de advogado, procurador e a perícia médica essencial.

O que pode acontecer

O governo tem todo o tempo do mundo para apelar. Ou seja, de 3 a 7 anos de processamento. Embora existam "truques" legais para evitá-lo, como pular a administração e processar diretamente o seguro do centro de saúde.

Para os casos em que nos tenha sido prestada atenção inadequada ou informação incompleta em centro público, a via mais adequada é a contencioso-administrativa. É como a rota civil, mas em vez de um centro privado é um centro de administração.

Desta forma, apenas uma compensação financeira pode ser obtida e nenhuma ação é tomada contra o médico responsável.

Vantagens da via contencioso-administrativa

O procedimento começa com uma reclamação contra a Administração por responsabilidade e você não tem que pagar as despesas de Administração se perder. Além disso, se a reclamação for rejeitada ou, no prazo de seis meses, a Administração não tiver emitido uma resolução, a parte lesada tem mais seis meses para ir ao tribunal.

Desvantagens da via contencioso-administrativa

O mais longo é a duração do processo, que geralmente não é inferior a três anos até que a sentença seja obtida.

AVALIE SE VOCÊ DEVE DENUNCIAR OU NÃO

Independentemente da melhor forma de reclamar no seu caso, avalie antes de lançar e pense no custo econômico que isso pode acarretar. A contratação de um advogado é, no mínimo, desde o início, imprescindível nesse tipo de ação e ninguém pode lhe dar garantias absolutas de sucesso.

Analise qual compensação financeira você poderia obter e compare-a com os custos totais que a reclamação lhe causará. Talvez chegue à conclusão de que não o compensa nem mesmo ao ganhar.

Mesmo em uma ação civil, você só conseguiria que a outra parte pagasse suas custas se ganhasse 100%, ou seja, se o juiz lhe concedesse tudo o que você pediu. A menos que resolva, por exemplo, uma indemnização um euro a menos do que o que solicitou, os seus custos serão suportados por si. E, claro, você também pode perder.

COMO LIDAR COM O ATIVISMO CORPORATIVO MÉDICO

Outro elemento a ser levado em consideração é a realidade desse tipo de ação: na maioria das vezes é muito difícil conseguir uma condenação, a menos que a negligência seja flagrante. São muitos os advogados que se dedicam à questão da responsabilidade civil e criminal que apontam que existe corporativismo no setor médico, ou seja, que se defendem excessivamente.

Na maioria dos casos, justificam uma prática da qual deriva um problema de saúde para o paciente com base nas percentagens de risco que acarreta qualquer operação, problemas anteriores não declarados pelo paciente … O melhor é que muito um especialista estude seu caso completamente antes de decidir denunciá-lo.

Também pode acontecer que o médico forense esteja relutante em processar a prática de outro profissional de saúde. Para “apagar” essas relutâncias, é conveniente acrescentar aos laudos oficiais (ou seja, aqueles que contribuíram para a denúncia) um laudo médico pericial próprio. É um laudo de um médico por nós contratado, no qual confirma como perito o erro cometido.

O MÉDICO ESTÁ SEGURADO

Uma vantagem importante é que todos os médicos neste país são obrigados a contratar, por meio de uma seguradora, uma apólice de responsabilidade civil que seja financeiramente responsável por erros causados ​​por sua prática médica, individualmente ou por intermédio de seu Colégio. de médicos.

VOCÊ NÃO SABE A QUEM IR? AQUI VOCÊ TEM TELEFONES

  • Associação de Erros Médicos. Telefone: 98 12 28 93
  • Associação de Pessoas Afetadas por Erros Médicos. Telefone: 948 22 27 35
  • Associação de Vítimas de Negligência Sanitária. Telefone: 913 88 91 68
  • The Patient Defender Association. Telefone: 914 65 33 22

E se você quiser saber o que pode fazer, dentro de suas possibilidades, para evitar um erro médico, nós te avisaremos.